Trago no peito a dor da mágoa que ficou,
No rosto os traços que a desilusão traçou;
Eu nordestino que sou...
Na poesia lágrimas que a tristeza gerou,
Na canção o lamento que ainda restou;
Eu nordestino que sou...
No bolso um punhado de fome,
No sertão a esperança tem nome;
Eu nordestino que sou...
Meu coração ver longe,parece miragem,
Eu ganho coragem, para continuar,
Nessa busca renhida,
Vou vivendo a minha vida,
Que a vida quis mim dar ;
Eu nordestino que sou...
Desistir não consigo,
Desanimar é um perigo;
Nessa jornada explosiva
Sou cobaia da vida;
Eu nordestino que sou...
Se levanto a voz na minha cama de lona,
Os poderosos apontam as armas e detona;
A gente que tem sonhos é que sonha
O sonho que não acabou;
Eu nordestino que sou...
Autor: Roque da Mota
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